É preciso viver.

Claustro, aonde o poeta faz moradia, aonde desabafa suas mágoas.
Aonde escreve sobre sua felicidade, diminuindo-a ainda mais.
No claustro você viaja, o pensamento voa e as palavras andam a pé.

Mas como um poeta ou escritor vai se isolar, sentar para escrever, se ele não se levantar para viver?
Que inspirarão o claustro vai trazer? Que sentido as coisas vão fazer?

É preciso viver, é preciso caminhar, é preciso ter experiência e maturidade. A maturidade não está relacionada à sua idade, ela está na sua cabeça, no que você viveu e não só no que você viveu, mas sim, nas coisas que você aprendeu vivendo.

As vezes tenho medo de viver algo, com medo de passar de novo algo que já passei, medo de tomar uma atitude, medo de me iludir. Mas o que me trás até aqui? O que está me fazendo escrever? Não são as coisas que eu já vivi?
Aprendi que devemos viver sem medo de errar, sem medo de viver de novo algo ruim que já vivemos, levantar a cabeça e ir em frente. Se você não vive, você não vai ter experiência nenhuma, não vai adquirir aprendizado nenhum. O saber está no que você aprende em uma sala de aula, mas a sabedoria está no que você vive, dia após dia.