"InquietaMente".

Lutas, derrotas, fracassos, vitórias, nosso dia a dia. Nossa sede, nossa fome, nosso véu de ilusões e ambições.  Nosso mar, nossa alma, nosso amor, nosso valor. Seu caráter, sua determinação, seus medos de cair ao chão e não poder se levantar. Mãos estendidas nem sempre vamos encontrar, nem sempre forças vamos ter. Assim não devemos temer a tudo quem vem e vai. Fases passageiras e muitas vezes devastadoras nos fazem abrir os olhos, crescer e amadurecer. Nasce uma nova pessoa, é preciso reconstruir.
Mais um dia, mais um medo no olhar, mais uma saudade. Pessoas tentando amar, outras tentando matar. É só olhar ao redor e tentar perceber. Sonhos pra viver, vida pra morrer, um dia para se acabar. Nós só temos uma chance. Não podemos retroceder a vida, não podemos mudar o passado mas podemos escrever nosso futuro. Faça-se presente, ame e corra atrás, seja a diferença e sinta-se vivo.
(Isso tudo, são só confusões e pensamentos de uma mente inquieta).

Mateando Alvoradas.

Por bem dizer teu nome, prenda minha, trago na memória teus olhos luzeiros. E meus anseios de em tua vida me abrigar. No aconchego do catre onde me pus a repousar, em minha cabeça versos de milongas feitas pra expressar, algo de tão grande valor. E nesta sina que insisto em caminhar, meu mate já lavado de te esperar, trás uma saudade em seu sabor. Talvez, um dia quem sabe, possa te encontrar e por um fim nessa espera. E o teu olhar de primavera venha em meu rancho abrigar, trazendo um sorriso estampado no rosto, e pondo um fim, em m'alma tapera.
Assim andejo por léguas de tempos mas não foi o vento que me trouxe até aqui. Nos acordes de um violão, trago mais uma canção, e não há quem diga que não, pois foram versos feitos só pra ti. Assim como um sonho de guri, enfreno pra vida como quem vai pegar a estrada. E trago mais uma alvorada, guardada na memória. Pois nessa história, nada é em vão, pois vidas vem e vão, mas sempre há quem fique para fazer morada.




Dedicado à Caroline Locatelli.