Tudo começou há mais de 20 anos atrás, quando viram um show do Guns N’ Roses e ficaram enlouquecidos querendo tocar. Assim começa a história da banda Os Durokas, que já teve outros nomes como Eutanásia e Acusação, e também já foi campeã do Circuito de Rock em Bagé. Conta com a formação atual de Newton (vocal), Nico (guitarra base), Gledson (guitarra solo), Cezar (baixo) e Glauco (bateria).
A banda Os Durokas se apresentou como atração principal na Noite do Rock no Clube Caixeiral. O evento contou com poucas pessoas mas que mesmo assim agitaram ao som do bom rock que a banda oferece. Tocaram músicas próprias como Solidão, e entre outras, algumas músicas covers de bandas nacionais como Cachorro Grande e Capital Inicial. Eu conversei com eles em uma entrevista horas antes do show.
Porque do nome “Os Durokas”?
- Foi feita uma lista com vários nomes e esse nome foi
sugerido por um amigo nosso, aí a gurizada optou por esse nome, pelo fato da
gente ensaiar na casa do seu “Zé Duroka”. Em homenagem também ao seu Zé, que
nos aturou por sete anos corridos. Uma banda de rock em uma pousada. (RISOS)
Quais foram as principais dificuldades, tanto no início, quando no
decorrer da carreira?
-Cara, começando que a gente mora em uma cidade pequena,
olha só: Aqui, o que predomina mais, vamos ser francos, é a “gauchinha”. Na
época nos tudo cabeludo, fazendo uma barulheira, a maior dificuldade era poder
tocar. E na real, como toda a banda de rock no início, tinha aquela história de
virarem o rosto porque é “barulho.”
Hoje tem mais pessoas
vendo e respeitando o rock como uma cultura, essa barreira da aceitação do
público de certa forma foi quebrada. Com toda essa experiência de vocês, mais
de 20 anos de banda, quais barreiras ainda precisam ser quebradas?
-Muitas vezes a questão de oportunidade, conseguir festival,
um apoio ou uma forma de divulgar o rock, devido a introdução do sertanejo
universitário. O pessoal vai muito pelo que ta na mídia, e aqui é assim, não
tem um estabelecimento focado nisso. Falta apoio em Rosário do Sul.
Qual a proposta musical da banda na atualidade?
-Tocar Rock N’ Roll (Risos). É que aqui na banda todo mundo
gosta de rock, uns do rock mais pesado, outros do rock mais tranquilo, então é
uma mescla de ritmos, uma salada de Rock N’ Roll. Tanto é que nas nossas
músicas a gente deixa isso bem claro, e a marca forte da banda são as
composições próprias.
E qual a mensagem que vocês tentam transmitir através das composições?
Varia. Letras de amor, protesto.
Tudo misturado nesse ritmo maluco que a gente faz. (Risos)
Vocês estão encaminhando um projeto agora, qual é o nome?
-A gente ta com o projeto do CD. Desde o ano passado a gente
ta encaminhando esse projeto, inclusive a gente fez uma roupagem nova pra
músicas antigas, músicas novas também. A gente já tinha gravado um single o
“Simplesmente Rock N’ Roll”, CD completo é o primeiro. O nome do projeto ainda
não foi definido.
Qual a aposta pro futuro da banda?
Tocar na noite, expor o nosso trabalho, esperar oportunidade
porque preparado nós estamos a mais de 20 anos, só falta oportunidade.
Qual a mensagem que
vocês gostariam de deixar para que o rock seja mais valorizado em Rosário do
Sul?
-Falta apoio. Até mesmo um festival pra levantar essa
questão de bandas que ficam apenas em casa ou na garagem, porque não tem onde
tocar. Falta uma política cultural direcionada a isso. O pessoal não tem que ter
vergonha de tocar Rock N’ Roll, ta a fim de tocar, tem que tocar. Não importa
se não tiver oportunidade, a oportunidade é a gente que faz. Tem que acreditar
no que esta fazendo.
-Uma palavra que define Os Durokas é amizade. Assim como a
gente toca a mais de 20 anos, nós somos amigos, a gente vai à casa um do
outro... Isso faz valer a pena, isso é Rock N’ Roll, isso é “Os Durokas” –
Disse um dos membros no final da entrevista.
A entrevista não teve um porta voz, todos os membros da banda interagiram e responderam todas as perguntas juntos.
Logo após o show de Os Durokas, foi a vez da banda Velhos Acordes subir ao palco trazendo musicas covers da banda Ramones.